Rui Soares Costa - Visual Artist - Fairs - 2025 - Art Brussels

April 24 - April 27, 2025

Brussels Expo
Hall 5

Place de la Belgique 1
1020 Brussels, BE

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PAPER SERIES & AIR SERIES

  part of the project
  Le Temps, ce grand sculpteur (external link)

  curated by
  Ana Matos

  at
  ART BRUSSELS 2025

  with
  Salgadeiras Contemporary Art (external link)

with:

Augusto Brázio
Inês D'Orey
Rui Horta Pereira

Rui Soares Costa

Le Temps, ce grand sculpteur

Salgadeiras Arte Contemporary presents, at Art Brussels 2025, the curatorial project «Le Temps, ce grand sculpteur» with art works from Augusto Brázio, Inês d’Orey, Rui Horta Pereira and Rui Soares Costa, inspired by the eponymous essay by Marguerite Yourcenar, in which she re!ects on the concept of Time — an essential theme in the artistic processes of these four Portuguese artists. Using the example of Greek statues, Yourcenar explores, in this essay, the erosion caused by Time and examines the impacts and transformations that Nature and Humanity have wrought upon these artworks over the centuries, and in a way, on the beauty inherent in the passage of time, a kind of involuntary beauty.

The «Aura» of Augusto Brázio suggests a different approach to this concept of Walter Benjamin who argued that “even the most perfect reproduction of a work of art is lacking in one element: Its presence in time and space, its unique existence at the place where it happens to be.” In case of Augusto Brázio’s series, he’s photographing his own photos, playing with the idea of non-reproduction and, at the same time, with what is implicit and explicit in an image.

In the last years, Inês d’Orey has been very much interested in brutalist architecture and she went, on 2024, to Bucharest. From her «Dada city» project, we present the «Omnia» light boxes. The homonym building, originally the headquarter of the Romanian Communist Party, received its name based on the slogan “omnia sent communia” (everything belongs to everybody — our translation). The whole building was projected in a kind of a panopticon, where control and surveillance are (literally) around.

From Rui Horta Pereira, we present the “Crossing the fire” drawings, which draw inspiration from Aristotle’s school and the idea of walking while reading, learning, and sharing knowledge. These large-scale graphite drawings, on black paper, result from an extensive and meticulous study of light and its reflections on various materials where time is itself the matter of study.

Time — its perception and interpretation, alongside the state of acceleration we currently experience and its influence on Nature — is explored concurrently in Rui Soares Costa’s «Paper series». This series features multiple sheets of paper submerged in resin, creating drawings that continue over time. As RSC notes, time is “the only thing we cannot add to existence”. This has been subject of several of his works, alongside with climate change and the Anthropocene, present in the “Rising series”. In alignment with our institutional identity and mission, we are pleased to unveil a new curatorial project that transcends the boundaries of visual arts, engaging with interdisciplinary sensibilities. This particular initiative explores a dialogue with literature, drawing inspiration from the profound thoughts of Marguerite Yourcenar.

Ana Matos
Lisbon, April 2025

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Versão em Português

Salgadeiras Arte Contemporânea apresenta, para Art Brussels 2025, o projecto curatorial «Le Temps, ce grand sculpteur» com obras de Augusto Brázio, Inês d’Orey, Rui Horta Pereira e Rui Soares Costa, inspirado no ensaio homónimo de Marguerite Yourcenar, no qual ela reflecte sobre o conceito do Tempo — tema essencial no processo artístico destes 4 artistas. Recorrendo ao exemplo das estátuas gregas, Yourcenar explora, neste ensaio, essa ideia da erosão provocada pelo Tempo, e perscruta o impacto e as transformações que a Natureza e a Humanidade, ao longo dos séculos, causaram nestas obras de arte, e de como, em certa medida, existe uma beleza subjacente à passagem desse tempo, uma espécie de beleza involuntária.

A série «Aura» de Augusto Brázio sugere uma abordagem distinta ao conceito de Walter Benjamin que defende que “even the most perfect reproduction of a work of art is lacking in one element: Its presence in time and space, its unique existence at the place where it happens to be.” No caso desta sua série, Augusto Brázio fotografa as suas próprias fotografias, jogando com a ideia de não-reprodutibilidade, ao mesmo tempo, com o que é implícito ou explícito numa imagem.

Nos últimos anos, Inês d’Orey tem vindo a interessar-se e a estudar a arquitectura brutalista, e, nesse contexto, esteve em residência artística no ano passado em Bucareste. Do seu projecto «Dada city», apresentamos as caixas de luz «Omnia». O edifício que leva o mesmo nome, inicialmente a sede do Partido Comunista Romeno, foi assim denominado com base no slogan “omnia sent communia” (todos pertencemos a todos — nossa tradução). Foi projectado como um panóptico, no qual o controle a vigilância estão (literalmente) presentes.

De Rui Horta Pereira apresentamos os desenhos «Cruzar o fogo», inspirados que são na Escola de Aristóteles e nessa ideia da aprendizagem, da partilha durante a caminhada ao ar livre. Estes desenhos de larga escala, sobre papel preto, resultam de um exaustivo e meticuloso estudo da luz e dos seus re"exos em diversos materiais, onde novamente o Tempo é, também, em si mesmo matéria de estudo.

O Tempo — a sua percepção e interpretação, juntamente com o estado de aceleração que actualmente vivemos e a sua influência na Natureza — tem sido explorado em «Paper series» de Rui Soares Costa. Esta série resulta de sucessão de folhas de papel submersas em resina que, assim, vão criando desenhos que persistem ao tempo. Como o próprio diz, o tempo é “a única coisa que não poderemos adicionar à existência”. Este tem sido um dos temas que RSC tem vindo a explorar, a par das alterações climáticas e do Antropoceno, presentes em “Rising series”. Alinhado com a nossa identidade e missão, este é um projecto que explora as fronteiras das artes visuais, cruzando com várias disciplinas, em particular sugere um diálogo com a literatura, inspirando- se no pensamento de Marguerite Yourcenar.

Ana Matos
Lisboa, Abril 2025